ORDEM CALDÉICA DOS PLANETAS: O LEGADO DOS ANTIGOS ASTRÓLOGOS
Desde eras imemoriais, o homem levanta os olhos para o céu buscando respostas. Entre as civilizações que mais se dedicaram a compreender os astros, os babilônios — chamados também de caldeus — se destacam. Eles não apenas observavam os planetas; eles os estudavam como mensageiros do destino, registrando com minúcia seus movimentos em tabuletas de argila que atravessariam milênios.
Entre os legados deixados por esses antigos astrônomos, um dos mais fascinantes é a Ordem Caldéica dos Planetas, uma sequência que organizava os astros visíveis pelo céu noturno e inspirou gerações de astrólogos, chegando até a nossa modernidade.
A ORDEM CALDÉICA: UM CÓDIGO QUE VEM DO PASSADO
A astrologia babilônica, que floresceu entre os séculos XVIII e VI a.C., lançou as bases de quase tudo que hoje chamamos de conhecimento astrológico. Os sacerdotes-caldeus observavam cada movimento, cada conjunção, cada eclipse, associando-os aos acontecimentos na Terra.
Dessa tradição nasceu a Ordem Caldeica, que organiza os sete planetas visíveis do mais lento ao mais rápido:
Não era apenas uma lista: era um código simbólico que guiava rituais, decisões políticas e previsões. Cada planeta era senhor de períodos de tempo — dias, horas, até meses — marcando suas energias específicas sobre o mundo. Mas atenção: a aplicação dessa sequência a anos inteiros é uma criação moderna, uma adaptação inspirada na tradição, não um registro direto das tabuletas antigas.
A DIVISÃO POR SETE: UMA FERRAMENTA MODERNA
Hoje, astrólogos usam a técnica do módulo 7 para descobrir qual planeta rege determinado ano. A ideia é simples e quase mágica:
Pegue o número do ano desejado.
Divida por 7.
O resto dessa divisão revela o planeta do período.
Se o resto for 0, considere como 7 (Lua).
Correspondência na Ordem Caldeia:
Resto 1: Saturno
Resto 2: Júpiter
Resto 3: Marte
Resto 4: Sol
Resto 5: Vênus
Resto 6: Mercúrio
Resto 0 ou 7: Lua
EXEMPLO PRÁTICO: O ANO DE 2025
2025 ÷ 7 = 289, com resto 2.
Na sequência caldeia, o resto 2 corresponde a Júpiter.
Assim, segundo essa abordagem simbólica moderna, Júpiter é o planeta regente de 2025 — um ano de expansão, oportunidades e crescimento, mas também de riscos de exageros.
A TRADIÇÃO DOS REGENTES ANUAIS
Nos tempos antigos, registros diretos de um cálculo aritmético assim não existem. As tabuletas babilônicas do Enuma Anu Enlil mostram ciclos planetários e regências sobre eventos, mas não anos inteiros divididos por sete.
O método atual é provavelmente uma invenção posterior, influenciada por tradições helenísticas, medievais e até hindus. Astrólogos como Vettius Valens e Guido Bonatti estudaram ciclos menores e “senhores do ano” em contextos mais filosóficos e mundanos. Com o Renascimento, pensadores como Marsilio Ficino incorporaram os planetas em interpretações simbólicas que conectavam o céu à vida humana.
A INFLUÊNCIA DO PLANETA REGENTE
Cada planeta imprime sua marca no período que rege. Exemplos:
Mesmo que simbólica, a compreensão do regente do ano permite alinhar expectativas, decisões e preparativos com o fluxo das energias celestes.
A SABEDORIA DAS ERAS
A astrologia é uma ponte entre passado e presente, conectando-nos à experiência de antigos observadores do céu. A técnica dos planetas regentes do ano, mesmo adaptada, é um testemunho da genialidade caldeia — uma lembrança de que os astros sempre têm algo a nos ensinar.
Olhar para o céu é, portanto, um ato antigo e atual: ao mesmo tempo que nos liga à memória de sacerdotes-caldeus, nos inspira a compreender nossas próprias jornadas e ciclos.
A chamada astrologia forense é uma abordagem moderna que retoma, sob nova nomenclatura, um antigo ramo da tradição clássica: a astrologia interrogativa ou horária. Seu objetivo é investigar acontecimentos específicos — como mortes, desaparecimentos, crimes ou eventos coletivos — por meio da leitura simbólica e estrutural do céu relativo ao instante em que o fato ocorreu ou foi conhecido.
Mais do que prever, a astrologia forense busca reconstruir coerências: identificar a matriz de padrão entre os fatores celestes e a manifestação concreta do evento. Trata-se de uma leitura analítica, em que o mapa se comporta como uma espécie de “cena celeste”, revelando a ressonância estrutural entre tempo, espaço e causa.
Embora não pertença ao domínio empírico das ciências ortodoxas, a astrologia forense pode ser compreendida como uma proto-ciência de investigação simbólica, herdeira do método empírico-histórico dos antigos astrólogos que tratavam o céu como um laboratório cultural — um campo de coerência entre os movimentos celestes e as tramas humanas.
🔭⚖️ Astrologia e Direito: o que os astros têm a ver com a justiça?
A astrologia e o direito falam a mesma língua. Ambos são sistemas de julgamento. Um observa o movimento dos astros para compreender o curso dos acontecimentos; o outro, o movimento das leis para estabelecer a ordem na Terra. Em ambos, há uma instância de análise, um campo de juízo e uma sentença final.
No tribunal celeste, o astrólogo examina os planetas e seus aspectos para emitir um parecer — um “juízo”. No tribunal humano, o juiz analisa provas e testemunhos para proferir sua decisão. O paralelismo é evidente: os planetas funcionam como testemunhas, e o regente, como a autoridade que governa um território, tal qual um governador ou magistrado.
Até as palavras coincidem. “Execução”, por exemplo, no direito, é o cumprimento de uma sentença; na astrologia, é o momento em que um evento anunciado pelos astros se manifesta concretamente. O campo simbólico é o mesmo: uma lei superior sendo aplicada, seja no céu, seja na Terra.
A Ordem Divina e os Tribunais do Céu
Durante a Idade Média, acreditava-se que o universo seguia uma ordem divina, e que tudo na Terra deveria refletir essa harmonia. Os astrólogos eram consultados não apenas por reis e generais, mas também em assuntos legais — para escolher o momento mais propício para iniciar processos, assinar contratos ou anunciar sentenças.
Nessa época, astrologia e direito não eram campos separados, mas partes de um mesmo princípio de justiça universal: a ideia de que o cosmos é regido por leis naturais e simbólicas. O astrólogo, como o jurista, era um intérprete dessas leis.
O Risco da Interpretação
Com o avanço da Renascença, a astrologia ainda tinha enorme prestígio — e às vezes, poder demais. Em algumas cortes, mapas astrológicos eram consultados para apoiar julgamentos, o que se tornava perigoso quando o destino de uma pessoa dependia da leitura de um astrólogo.
Catarina de Médici, rainha da França no século XVI, é um exemplo notório. Ela mantinha astrólogos renomados, como Nostradamus e Ruggieri, para orientá-la em decisões políticas e pessoais. Acreditava-se, então, que o mapa de nascimento de um acusado podia revelar traços de caráter — um reflexo do destino. Ainda que não houvesse valor jurídico formal, essa prática mostrava a força simbólica da astrologia no imaginário do poder.
Com o tempo, as ciências foram se separando. A medicina, o direito e a astronomia seguiram caminhos empíricos e independentes. A astrologia perdeu seu estatuto de “ciência das causas” e passou a ocupar um lugar simbólico — o da interpretação dos significados. E assim deveria ser: um campo de reflexão e autoconhecimento, não de julgamento.
A Linguagem Comum: Céu e Lei
O vocabulário técnico da astrologia clássica guarda notável semelhança com o direito. Em ambos há princípios de autoridade, impedimento, testemunho e execução.
Essas são algumas das correspondências mais claras:
Juízo — Na astrologia, é o julgamento de um mapa ou questão horária; no direito, é a decisão de um tribunal. Testemunha — Para o astrólogo, é o planeta que confirma ou nega a resposta; para o juiz, é quem presta depoimento sobre o fato. Regente — É o planeta que governa um signo ou casa, exercendo autoridade; no direito, corresponde à figura de quem governa ou administra. Sentença — Representa a conclusão da interpretação astrológica; juridicamente, é a decisão final de um caso. Jurisdição — Na astrologia, é a autoridade de um planeta sobre determinado signo; no direito, o poder legal de um tribunal dentro de um território. Deposição¹ — No céu, é quando um planeta entrega sua influência a outro, cedendo poder; na lei, é o testemunho dado fora do tribunal. Dignidade — Expressa a força e o mérito de um planeta; nas instituições humanas, o respeito e o status de uma função pública. Causa — No mapa, é o motivo simbólico de um evento; no processo, o fundamento de uma ação judicial. Parte — Em astrologia, indica os pontos matemáticos chamados Partes Arábicas; no direito, designa as pessoas envolvidas em um processo. Execução — No plano celeste, é a concretização do que foi previsto; no plano jurídico, o cumprimento de uma sentença. Querente — É quem formula a pergunta ao astrólogo; no direito, quem inicia a ação judicial. Impedimento — Representa a condição que bloqueia a ação de um planeta; juridicamente, o obstáculo legal que impede um ato. Proibição — É o aspecto planetário que inviabiliza um resultado; no direito, o ato jurídico que impede uma ação. Julgamento — Na astrologia, é o parecer final do astrólogo; na lei, é a decisão proferida por um juiz ou tribunal.
¹ Deposição, em astrologia clássica, vem do latim deponere: “colocar abaixo, ceder poder”. Indica quando um planeta transfere sua virtude a outro — análogo ao testemunho jurídico.
Novos Conceitos para uma Linguagem Mais Rica
Alguns termos do direito não eram usados originalmente pelos astrólogos, mas se encaixam bem como metáforas estruturais. Entre eles:
Culpa — Indica um planeta em debilidade, sugerindo responsabilidade ou falha. Dano — Expressa aspectos difíceis que revelam prejuízo. Pena — Representa a consequência negativa de uma configuração celeste. Contestação — Quando aspectos contraditórios alteram o resultado de um mapa. Apelação — Um novo fator, trânsito ou direção que reinterpreta o juízo inicial.
Essas correspondências não visam misturar os campos, mas evidenciar que ambos compartilham a mesma geometria simbólica da causa e efeito, onde cada ato — terreno ou celeste — gera uma resposta proporcional.
A Nova Jurisdição da Astrologia
Hoje, a astrologia não pode e não deve interferir em decisões legais ou médicas. Ela pertence a outro tribunal: o da consciência.
Sua função é ajudar o indivíduo a compreender o campo de coerência entre o que se manifesta e o que se encontra em potencial. O astrólogo, como o juiz, observa causas e consequências — mas o faz no território simbólico da alma, não no das leis civis.
Se os astros organizam o céu e as leis organizam a Terra, talvez ambos obedeçam a uma mesma matriz invisível: o princípio de harmonia que sustenta a criação.
✍️ Por Sidnei Teixeira
Essa distinção mostra como a astrologia clássica já compartilha muitos conceitos com o direito, mas também como há espaço para expandir essa conexão.
A Investigação Astrológica dos Ambientes Invisíveis
"Assombração não existe... ou será que existe?"
– Frase atribuída ao controverso Padre Quevedo, que talvez nunca tenha consultado um mapa astral horário.
Introdução: Uma Questão Perturbadora
Pode uma casa estar realmente assombrada? A astrologia, com sua precisão milenar, ousa lançar luz sobre esse mistério. Na tradição da astrologia horária, existe um método lógico e técnico para investigar fenômenos que parecem escapar da percepção comum. O objetivo aqui é guiar o leitor atento por um caminho de análise racional e simbólica, onde céus e casas terrenas dialogam silenciosamente.
Astrologia Horária: A Ferramenta da Pergunta Certa
A astrologia horária é uma das mais antigas formas de previsão. Ela parte de uma premissa simples e poderosa: o momento em que a pergunta é feita contém a resposta. Se a questão é "Essa casa está assombrada?", o mapa do instante em que isso surge traz elementos suficientes para uma análise objetiva e simbólica.
A Quarta Casa: O Coração do Lar
Na astrologia, a 4ª casa representa o lar, a residência, os fundamentos e os subterrâneos — tanto físicos quanto espirituais. É nessa casa que buscamos indícios sobre a energia do local em questão.
Como identificar:
O Ascendente marca a 1ª casa. Conte três casas no sentido anti-horário: a quarta casa será o ponto de análise.
Observe o signo que ocupa a cúspide da 4ª casa.
Identifique o planeta regente desse signo. Este será o foco da investigação.
Os Elementos e Seus Mistérios
O signo que rege a 4ª casa colore a natureza do ambiente. Cada elemento traz sua forma de manifestação espiritual:
Água (Câncer, Escorpião, Peixes): Lugares sensíveis, propensos a manifestações sutis, memórias antigas e impressões espirituais.
Fogo (Áries, Leão, Sagitário): Ambientes agitados, onde fenômenos espirituais podem ser intensos ou até físicos.
Terra (Touro, Virgem, Capricórnio): Locais mais estáveis, mas que podem reter energia residual ao longo do tempo.
Ar (Gêmeos, Libra, Aquário): Casas que funcionam como canais. Comunicação espiritual ou interferência psíquica são comuns.
Onde Está o Regente da 4ª Casa?
A casa onde se encontra o planeta regente da 4ª revela a origem, o tipo e a localização simbólica do fenômeno espiritual:
Na Casa 8: Forte potencial para ocorrências ocultas. Indícios de segredos, mortes passadas ou influência espiritual densa.
Na Casa 12: Campo de forças invisíveis, memórias espirituais, obsessões ou entidades escondidas.
Na Casa 6: Perturbações podem se manifestar no cotidiano, na saúde ou na ordem da casa.
Na Casa 1: Ligação direta com o morador. A fonte pode estar mais próxima do consulente do que ele imagina.
A Lua: Termômetro Psíquico do Querente
A posição da Lua no mapa horário mostra o estado emocional e psíquico do consulente:
Aspectos harmônicos: Trazem tranquilidade, clareza e menor propensão a ilusões ou influências.
Aspectos: Aplicativos ou Separativos?
Os aspectos entre planetas revelam o tempo e a natureza dos acontecimentos:
Aplicativos: Algo está prestes a acontecer ou se manifestar.
Separativos: O fenômeno já ocorreu. Pode ter deixado resquícios ou encerrado sua influência.
Nodo Sul: A Drenagem do Invisível
A presença do Nodo Sul na 4ª casa pode indicar um vórtice espiritual que consome energia vital, sugerindo antigos dramas não resolvidos, karmas residuais ou impressões do passado.
Já o Nodo Norte sugere uma energia nova, algo que começa a se manifestar ou se intensificar no ambiente.
Método Prático: Como Fazer a Leitura
Levante o mapa horário para a pergunta exata.
Observe a 4ª casa: signo e planeta regente.
Analise o estado do regente:
Está retrógrado? Algo do passado retorna.
Está combusto (muito próximo do Sol)? A verdade está oculta.
Avalie a Lua:
Está aflita? Sinais de desconforto psíquico.
Verifique o Nodo Sul:
Está na 4ª casa? Alerta de drenagem energética ou obsessão espiritual.
Estudos de Caso: Iluminando os Mistérios
Caso 1:
Regente da 4ª casa na Casa 12. Lua aflita. Nodo Sul presente. Análise: Forte probabilidade de influência espiritual oculta. Investigar o histórico do imóvel é recomendável.
Caso 2:
Regente da 4ª casa na Casa 3, bem aspectado. Lua em trígono com Júpiter. Análise: Ambiente tranquilo. Sensações estranhas podem ter origem emocional ou psicológica.
Conclusão: O Céu Não Mente
Em tempos de ceticismo e confusão espiritual, a astrologia horária oferece uma resposta precisa, lógica e profunda para perguntas que muitos evitam fazer.
Seja o fenômeno real, simbólico ou psicológico, a 4ª casa revela o que os olhos não veem, mas os céus testemunham. Com prática e seriedade, é possível discernir o que é espiritualidade legítima e o que é apenas ruído emocional.
Hipócrates e a Astrologia: O Médico que Olhava para os Astros
Hipócrates, aquele médico da Grécia Antiga, é famoso por ser o "pai da medicina".
O Homem que Separou a Medicina dos Deuses
Nascido por volta do ano 460 a.C. na ilha de Cós, na Grécia Antiga, Hipócrates foi mais que um médico: foi um símbolo de transformação. Até sua época, as doenças eram tidas como castigos dos deuses. Ele rompeu com isso e afirmou: “a doença tem causas naturais, e o corpo é uma máquina que precisa ser compreendida”. Assim nascia o que hoje chamamos de ciência médica.
Quem foi Hipócrates, afinal?
Nome completo: Hipócrates de Cós (em grego, Hippokratēs ho Kōos)
Nascimento: por volta de 460 a.C., na ilha de Cós
Morte: por volta de 370 a.C., com cerca de 90 anos
Profissão: médico, professor e filósofo da natureza
Segundo fontes históricas, incluindo os escritos de Sorano de Éfeso (século II d.C.), Hipócrates descendia de Asclépio, o deus grego da medicina, por linhagem paterna. Sua família fazia parte da tradição dos asclepíades, médicos-sacerdotes.
Seu Legado Imortal: O Corpo, o Equilíbrio e o Juramento
O pensamento de Hipócrates se baseava em três pilares:
Observação clínica: ele observava sintomas, evolução das doenças e reações do corpo.
Teoria dos Humores: acreditava que a saúde vinha do equilíbrio entre os quatro humores: sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra.
Ética médica: criou o famoso Juramento de Hipócrates, uma promessa solene de ética, respeito à vida e à confidencialidade do paciente. Até hoje, médicos do mundo todo o seguem simbolicamente.
Como morreu Hipócrates?
Aqui está um ponto curioso. Não há registros detalhados sobre a morte de Hipócrates. Sabemos apenas, por autores antigos como Galeno e Sorano, que ele viveu até aproximadamente 90 anos, uma idade extraordinária para a época.
Algumas tradições sugerem que morreu de causas naturais em Lárissa, região da Tessália (Grécia continental). A longevidade dele é, em si, parte de sua lenda. Seu túmulo, em Lárissa, foi visitado durante séculos como um local sagrado.
Frases que ecoam até hoje
“É mais importante saber que tipo de pessoa tem a doença do que saber que tipo de doença a pessoa tem.”
“Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio.”
Um farol para a medicina moderna
Hipócrates viveu num tempo em que o saber era dividido entre mito e lógica. Sua maior revolução foi a mudança de paradigma: tirar o olhar do céu e colocá-lo no corpo humano. Um passo pequeno para a Grécia, mas um salto gigante para a ciência.
Ele não apenas curava — ele ensinava a pensar.
Ele não era astrólogo, mas entendia que os astros e o clima podiam influenciar a saúde. Ele dizia algo tipo:
“Se você quer entender a medicina, primeiro precisa olhar para as estações do ano e para os astros.”
Basicamente, ele percebeu que a Lua, os ventos e as mudanças do tempo afetavam o corpo humano. Por exemplo, algumas doenças ficavam mais comuns no inverno ou no verão.
Mais tarde, na Idade Média e no Renascimento, a galera começou a dizer que Hipócrates sabia mais sobre astrologia do que realmente sabia. Foi tipo um "telefone sem fio" ao longo da história.
Os 4 Humores: O Jeito Antigo de Explicar a Personalidade
Hipócrates criou a teoria dos quatro humores, que foi turbinada por outro médico, Galeno. Essa teoria diz que o corpo humano era controlado por quatro fluidos: sangue, fleuma, bile amarela e bile negra. Cada um desses humores tinha um jeito próprio e influenciava a personalidade das pessoas.
E adivinha? No futuro, juntaram isso com os 4 elementos da astrologia (Fogo, Terra, Ar e Água) e com os signos do zodíaco.
Resumo: O melancólico é aquele amigo que pensa demais, gosta das coisas bem feitas e tem mania de organização.
Por que Isso Ainda Importa?
A medicina moderna já abandonou essa ideia dos 4 humores, mas a astrologia pegou a teoria e seguiu em frente. Até hoje, quando falamos sobre personalidades baseadas nos signos, essa teoria ainda está por trás de tudo.
A Era de Hipácia: Uma Mulher Sob a Luz do Conhecimento
Na grandiosa Alexandria, cidade de saber e sabedoria, nasceu Hipácia no ano de 370 d.C., quando os ventos de mudança sopravam por toda a Terra. Ela, mulher de grande inteligência, desafiou os limites impostos à sua condição, superando os grilhões da sociedade que considerava as mulheres meras propriedades. Com sua mente iluminada e áurea, Hipácia não se limitava à ignorância de seu tempo, mas almejava as estrelas e as profundas verdades da matemática e da astrologia.
Hipácia: A Guardiã da Sabedoria Antiga
Hipácia, com sua beleza rara, era cercada por inúmeros pretendentes, mas a mulher sábia não se interessava pelos laços do matrimônio, tão comuns para as mulheres de sua época. Preferia antes, com espírito livre e indomável, dedicar-se ao estudo e à prática do saber. Enquanto a maioria das mulheres do seu tempo se viam limitadas em suas possibilidades, Hipácia desbravava os campos da filosofia e da ciência, tornando-se a estrela mais brilhante da Alexandria de então.
Os Saberes de Hipácia e Sua Perseguição pelo Santo Ofício
Porém, não era apenas a filosofia e a matemática que Hipácia dominava, mas também a arte ancestral da astrologia, a qual lhe conferia uma visão única dos astros e seus mistérios. Este conhecimento, profundo como os segredos do universo, não era bem-vindo pelas forças da Igreja Cristã, que, em sua ascensão, buscava erradicar as religiões e saberes antigos, vendo neles práticas heréticas e pagãs. Hipácia, a sábia mulher que consultava os céus, foi, portanto, considerada uma bruxa pelos olhos temerosos dos religiosos, que temiam o poder do saber que ela possuía.
O Desprezo de Cirilo e o Conflito Com a Igreja
Na corte de Alexandria, o Bispo Cirilo, fervoroso defensor da fé cristã, nutria grande desprezo por Hipácia. Ela, que era amiga do governador romano e defensora do saber pagão, simbolizava tudo aquilo que a Igreja desejava submeter ao fogo da destruição. O poder de sua mente e a pureza de seus ensinamentos eram considerados uma ameaça ao dogma cristão, que buscava impor seu domínio sobre todas as crenças e ciências da Antiguidade. Assim, Hipácia tornava-se um alvo no jogo de poder que se desenrolava em Alexandria, onde o saber e a fé se chocavam.
O Assassinato de Hipácia: O Fim de Uma Era
No ano de 415 d.C., Hipácia foi cruelmente atacada por uma multidão de fanáticos seguidores de Cirilo, cegos pela intolerância. Arrancada de sua carruagem, despida e violentada, sua carne foi dilacerada com conchas de mar, enquanto sua alma se elevava ao céu, distante de toda a dor humana. Seus restos mortais, irreconhecíveis, foram consumidos pelo fogo, como se sua memória e sabedoria fossem apagadas para sempre. A grande pensadora, que houvera iluminado mentes com seus ensinamentos, desapareceu, e com ela, as promissoras descobertas sobre a matemática do cosmos e os símbolos secretos da astrologia.
A Destruição da Biblioteca de Alexandria: O Silêncio das Estrelas
Não satisfeitos com a morte de Hipácia, os inimigos do saber desferiram um golpe final contra o conhecimento antigo. Apenas um ano após o assassinato da grande filósofa, a Biblioteca de Alexandria, o maior repositório de sabedoria da Antiguidade, foi destruída. Toda a ciência, toda a arte e toda a sabedoria ali reunida foram consumidas pelas chamas, levando com elas as palavras de Sófocles, Aristóteles e outros grandes mestres, cujos escritos jamais retornaram ao mundo. As obras astrológicas de Hipácia, que haviam trazido novos entendimentos dos astros, foram igualmente perdidas, e o mundo mergulhou em um abismo de esquecimento.
O Legado de Hipácia: A Lição de Uma Civilização Que se Perdeu
O legado de Hipácia não era apenas seu, mas de toda a humanidade. Sua busca pelo conhecimento, seu entendimento dos astros e seu domínio sobre as artes matemáticas representavam o apogeu do saber humano. Sua morte e a destruição de sua obra marcam uma perda irreparável para o mundo, uma tragédia que se perpetua como um lembrete de como o medo, a intolerância e a sede de poder podem destruir as mais preciosas riquezas do espírito humano. Os astros, que Hipácia tanto amava e estudava, continuam a brilhar no céu, lembrando-nos da importância do conhecimento e da sabedoria.
Ela se tornou símbolo do conhecimento antigo, e sua morte brutal marca o fim simbólico da era clássica e o início da Idade Média cristã.
📚 Fontes Históricas Confiáveis
1. Sócrates Escolástico (Socrates Scholasticus) – História Eclesiástica
Escrita por volta de 439 d.C.
É a principal fonte primária sobre a vida e morte de Hipátia.
Ele era um cristão moderado e crítico de fanatismos.
Relato da morte: Hipátia foi assassinada por uma turba cristã sob influência do diácono Pedro, ligado ao patriarca Cirilo de Alexandria.
“Foi então apanhada por uma multidão de cristãos fanáticos, que a despiram e a mataram cruelmente, desmembrando seu corpo.” — Sócrates, História Eclesiástica, Livro VII
2. Dâmascio – Vida de Isidoro (século VI)
Filósofo neoplatônico, relata a vida de Hipátia com mais detalhes filosóficos e menos neutralidade.
Enfatiza sua virtude, sabedoria e dignidade.
Retrata Hipátia como símbolo da filosofia pagã ameaçada pelo cristianismo institucionalizado.
3. João de Nikiu – Crônica (século VII)
Bispo copta.
Tem visão oposta à de Sócrates: acusa Hipátia de “feitiçaria” e de manipular o governador Orestes contra Cirilo.
Demonstra como, anos depois de sua morte, Hipátia ainda era figura polarizadora.
⚖️ O Conflito Político-Religioso
A Alexandria do século V era palco de disputas ferozes entre cristãos, pagãos e judeus.
Hipátia era pagã, mas respeitada por muitos cristãos pelo seu saber.
Tornou-se involuntariamente um símbolo de resistência contra o patriarca Cirilo, que buscava poder absoluto.
O governador Orestes, rival político de Cirilo, era próximo a Hipátia — o que fez dela um alvo.
⚔️ A Morte (415 d.C.)
Multidão liderada por Pedro, o leitor, arrasta Hipátia pelas ruas.
Ela é brutalmente assassinada na igreja de Cesarion.
Seu corpo é esquartejado e queimado.
Foi um crime político-religioso, não apenas um assassinato.
🕯️ Legado
Hipátia tornou-se símbolo:
Da liberdade de pensamento,
Da razão frente ao fanatismo,
E da trágica transição do mundo clássico para a cristandade medieval.
Ela influenciou:
Carl Sagan (no seriado Cosmos),
Filósofos renascentistas,
E a cultura moderna (filme Ágora, 2009).
🧠 O Que Ela Ensinava?
Ela ensinava:
Matemática grega antiga (Diofanto)
Astronomia (Ptolomeu)
Filosofia neoplatônica (Plotino, Porfírio)
Desenvolveu instrumentos como o astrolábio e o hidrômetro.
🌟 Frase atribuída (possivelmente apócrifa):
“Defenda seu direito de pensar. Pensar errado é melhor do que não pensar.” — Hipátia
🧾 Resumo das Fontes Citadas:
Fonte
Tipo
Data
Visão sobre Hipátia
Sócrates Escolástico
Primária
c. 439 d.C.
Neutra e crítica ao fanatismo
Dâmascio
Filosófica
c. 520–550 d.C.
Admiradora, defensora do paganismo
João de Nikiu
Religiosa
c. 690 d.C.
Hostil, pró-Cirilo
Que o espírito de Hipácia, que desafiou as limitações de sua época, inspire a humanidade a nunca mais permitir que o saber seja destruído em nome da ignorância e da tirania. Que a luz do conhecimento continue a brilhar, sempre em busca da verdade universal, como um farol que nos guia por entre as sombras do desconhecido.
Diretórios de Escolas, Instituições e Centros de Pesquisa
A Astrologia, como laboratório cultural da humanidade, foi cultivada em diferentes tradições e geografias.
Abaixo estão listados alguns dos principais centros de formação, pesquisa e ensino — tanto no Brasil quanto em outros países — que preservam e renovam o estudo astrológico sob suas variadas escolas e protocolos de coerência estrutural.
🇧🇷 BRASIL — Centros Oficiais e Reconhecidos
🧭 Escolas e Institutos de Ensino
Faculdade Anhembi Morumbi
👉 Curso de Extensão em Astrologia e Simbolismo.
🌐 www.anhembi.br
📍 Rua Dr. Almeida Lima, 1134 – Mooca – São Paulo – SP – 03164-000
📞 (11) 2790-4500
CEAE – Centro de Estudos Astrológicos e Esotéricos
👉 Formação completa em Astrologia Clássica e Moderna.
🌐 www.ceae.com.br
📍 Rua Felipe Camarão, 89 – Vila Mariana – São Paulo – SP – 04106-010
📞 (11) 5573-3985
Unipaz Sul — Universidade Internacional da Paz
👉 Integra astrologia à psicologia transpessoal e ecologia profunda.
🌐 www.unipazsul.org.br
📍 Rua Miguel Couto, 237 – Menino Deus – Porto Alegre – RS – 90850-050
📞 (51) 3232-5591
Astrologia Clássica – Ana Rodrigues
👉 Escola e portal dedicados à tradição astrológica clássica, com foco em formação, artigos e cursos baseados nos fundamentos de Ptolomeu, Lilly e Morin.
🌐 www.astrologiaclassica.com.br
📍 Atuação online – referência em ensino e difusão da astrologia tradicional em língua portuguesa.
Escola de Astrologia de Lúcio Siqueira
👉 Astrologia psicológica e clássica, com décadas de atuação.
🌐 www.luciosiqueira.com.br
📍 Rua do Ouvidor, 50 – Centro – Rio de Janeiro – RJ
📞 (21) 2220-6655
🌍 INTERNACIONAL — Centros Históricos e Contemporâneos
🇬🇧 Reino Unido
Faculty of Astrological Studies (FAS)
👉 Uma das mais antigas e prestigiadas instituições de ensino astrológico do mundo.
🌐 www.astrology.org.uk
The Astrological Lodge of London
👉 Fundada em 1915 por Charles Carter e Alan Leo; ponto de convergência de astrólogos clássicos e modernos.
🌐 www.astrolodge.co.uk
🇺🇸 Estados Unidos
Kepler College
👉 Centro de formação acadêmica em astrologia, com foco em fundamentos históricos e filosofia hermética.
🌐 www.keplercollege.org
NCGR – National Council for Geocosmic Research
👉 Organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo e à pesquisa astrológica.
🌐 www.geocosmic.org
ISAR – International Society for Astrological Research
👉 Foco em pesquisa, ética e formação técnica internacional.
🌐 www.isarastrology.org
🇫🇷 França
Centre d’Astrologie Traditionnelle (CAT)
👉 Referência em astrologia helenística e medieval, inspirada em Morin de Villefranche.
🌐 www.astrologie-traditionnelle.org
Université Paris VIII – Études Astrologiques et Symboliques
👉 Projeto acadêmico que trata a astrologia como campo cultural e simbólico de investigação histórica.
🌐 www.univ-paris8.fr
🇮🇳 Índia
Bharatiya Vidya Bhavan – School of Astrology
👉 Maior escola de Jyotisha (astrologia védica) da Índia.
🌐 www.bvbdelhi.org
🇮🇹 Itália
CIDA – Centro Italiano di Astrologia
👉 Promove congressos e publicações sobre astrologia tradicional e moderna.
🌐 www.cida.net
🇪🇸 Espanha
Centro Astrológico de Barcelona (CAB)
👉 Ensino, conferências e pesquisa em astrologia humanista e clássica.
🌐 www.centroastrologico.com
🏛️ Organismos Internacionais de Referência
OCA – Organization for Classical Astrology
👉 Rede internacional dedicada à preservação da tradição ptolomaica.
🌐 www.classicalastrology.org
Association for Astrological Networking (AFAN)
👉 Conecta astrólogos em diferentes países e escolas.
🌐 www.afan.org
📜 Compilação e revisão: Sidnei Teixeira
🕯️ Referência histórica e educacional – Laboratório Cultural de Ressonância Estrutural da Astrologia.
A versão original do Código Ético del Tarot (eticaytarot.com) foi redigida pela Escola Mariló Casals (escolamarilocasals.com) e pela Escola Lemat (tarotmarsella.com) e apresentada no 2° Congresso de Tarot (congresotarot.com), realizado em Barcelona (Espanha), no dia 9 de março de 2013. A versão em português foi autorizada pela organização do congresso em fevereiro de 2015.
Somos gratos pela oportunidade de disponibilizar este material em sintonia com os amigos hispânicos, pois se cria uma unidade no discurso.
O Código de Ética do Tarot está dividido em duas seções:
⚖️ Os compromissos éticos, em que se detalham os aspectos que configuram o código de ética em si.
⚖️ Esclarecimentos e recomendações relacionadas com o código de ética, dirigidos, respectivamente, aos consulentes e profissionais de Tarot (ou de outras mancias, se assim desejarem).
A adesão a este código ético é voluntária, mas aquele que assumir publicamente o seu uso, deve fazê-lo integralmente.
Por que é importante dispor de um código ético?
O uso profissional do Tarot em aconselhamentos é uma atividade que não conta com uma formação homologada – tanto na interpretação do oráculo quanto na condução do atendimento em si. Muitos tiveram acessos a cursos e workshops, presenciais e/ou online. Muitos se desenvolveram de forma autodidata através de diferentes livros e conteúdos disponíveis na internet – ou através de uma única fonte. Muitos possuem acentuadas faculdades psíquicas e têm um jeito próprio de acessar informações e transmiti-las ao consulente.
Independente dos antecedentes e da habilidade de cada um com as cartas, o objetivo de um código ético não é dizer como as pessoas devem trabalhar, mas estabelecer parâmetros seguros e adequados de atuação, protegendo o profissional, aquele que procura este tipo de orientação e o segmento como um todo.
é.ti.ca sf (gr ethiké)
⚖️ Parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana.
⚖️ Conjunto de princípios morais que se devem observar no exercício de uma profissão; deontologia – ciência do dever e da obrigação.
⚖️ Parte prática da filosofia social, que indica as normas a que devem ajustar-se às relações entre os diversos membros da sociedade.
Decálogo:
Nós orientamos, os clientes decidem
1. ⚖️Acreditamos no livre-arbítrio. As cartas indicam, mas não determinam. Quando interpretamos um jogo de Tarot, o que vemos é como a situação se apresenta no momento presente e para onde ela se encaminha. A partir deste ponto, é o consulente que escolhe seguir este fluxo ou traçar outra rota.
2. ⚖️Informamos as opções, não tomamos as decisões. Diante de qualquer decisão do consulente, pontuamos as diferentes possibilidades, mas cabe à pessoa decidir para onde deseja ir, como e quando. E, sim, devemos antecipar o que pode ser encontrado em cada um dos caminhos.
3. ⚖️Respeitamos as diferentes formas de pensar e de fazer as coisas. Não julgamos. Em nenhum caso se deve emitir julgamentos internos ou externos para o consulente. Todo mundo tem suas razões e ninguém é melhor ou pior por isso. Nós não sabemos como iríamos agir nas mesmas circunstâncias e com a experiência que o outro possui.
4. ⚖️Nós ajudamos o consulente a descobrir e desenvolver ao máximo os seus potenciais. Oráculos são ferramentas que podem ajudar e orientar os outros muito bem nesse sentido. É uma maneira de incentivar o potencial e os recursos que todos nós temos e, muitas vezes, não reconhecemos ou não estão conscientes. Quando vemos uma oportunidade em qualquer campo de experiência (trabalho, sentimentos, dinheiro, crescimento pessoal etc.), orientamos o consulente para que ele se beneficie plenamente.
5. ⚖️Nós detectamos possíveis dificuldades e buscamos soluções de evitá-las e/ou superá-las. Quando vemos uma dificuldade, seja ela qual for, grande ou pequena, sempre orientamos o consulente de forma positiva, sem assustar. Veremos, através das cartas, como superar ou evitar as situações mais complexas e, se não for possível, descobriremos qual é a maneira mais suave e qual o aprendizado necessário para concluir o processo da melhor forma possível. Nós nunca seremos deterministas ou negativos, pois isso iria perturbar ainda mais o consulente e piorar a situação. É nossa atribuição ajudar o consulente a ver outras opções e possibilidades.
6. ⚖️Utilizaremos sempre uma linguagem clara e adequada. É muito importante o uso de uma linguagem que seja compreendida por quem ouve, concreta, sem abstrações ou ausência de foco. Também devemos evitar as expressões técnicas (como as oriundas da astrologia ou de outros conhecimentos).
Confidencialidade.
7. ⚖️Tratamos com confidencialidade todas informações que surgem em um atendimento, tanto as que recebemos do consulente quanto as orientações do jogo. A pessoa que nos procura merece privacidade com relação a tudo o que venha a ser discutido. Sempre adotamos sigilo profissional.
8. ⚖️Não utilizamos de qualquer forma, direta ou indiretamente, as informações de uma consulta para ganho pessoal.
Responsabilidade
9. ⚖️Somente as ações e decisões do consulente podem mudar o seu futuro. A única coisa que podemos fazer (e devemos fazer da melhor forma possível) é orientar. A última palavra é a do consulente com relação ao seu trabalho pessoal. Portanto, nunca interviremos, de maneira alguma, para modificar o seu futuro, seja com magia ou lhe dizendo o que fazer.
10. ⚖️Teremos um preço previamente estabelecido, definindo o serviço que será realizado. O valor deve considerar a duração da consulta, além da habilidade e experiência comprovada do profissional. Informaremos claramente as características do serviço oferecido em nosso material de divulgação, a duração da consulta, o seu valor e se algo a mais é oferecido, como a gravação do atendimento.
Recomendações para o bom uso do Tarot
Recomendações para o consulente
⚖️ É conveniente esclarecer que somos intérpretes do Tarot e não videntes. As cartas refletem a situação proposta (através da sincronicidade) e a evolução desta situação. O Tarot e a vidência são dois campos distintos, ainda que possam coexistir. Nós não “vemos”, mas “interpretamos” as cartas.
⚖️ Devemos colocar as perguntas de forma clara. Devemos saber que o Tarot é um oráculo e quanto mais concreta for a pergunta, melhor. Quanto mais clara a pergunta, tanto mais clara será a resposta.
⚖️ Quando alguém nos pergunta sobre tempo, devemos saber que no inconsciente não há tempo, pois é igual ao mundo dos sonhos, onde se vivem acontecimentos sem sabermos em que época eles acontecem. O Tarot marca eventos, não datas.
⚖️ O futuro é consequência de nossos atos, ainda que sejamos condicionados, sim, pelo país onde nascemos, a raça, a família etc. O Tarot nos ajuda a compreender nosso presente, para criarmos nosso próprio futuro.
⚖️ Graças ao Tarot podemos identificar os fatores que afetam o destino do consulente, ou seja, as lições que ele precisa realizar ao longo de sua vida. O futuro (ou seja, as ações concretas através das quais se realiza este aprendizado) é definido por cada um com o seu livre arbítrio.
⚖️ O Tarot não foi criado para responder a perguntas como: “Vou ganhar na loteria?”, “Quando morrerá tal pessoa?”, “ Quantos anos viverei?”. Ele é, antes, uma ferramenta que permite vislumbrar novas e/ou diferentes possibilidades.
⚖️ Quem realmente leva o consulente a optar pelas cartas é seu próprio inconsciente, escolhendo as lâminas que lhe podem oferecer mais ajuda naquele momento e dando a resposta e/ou o conselho que ele realmente necessita, mesmo que não seja o que ele espera ouvir. O Tarot responde, em primeiro lugar, ao consulente.
Recomendações para o tarólogo
⚖️ A primeira motivação do tarólogo deve ser a de prestar um serviço através do Tarot e não usá-lo exclusiva ou prioritariamente como uma forma de ganhar dinheiro. Ainda assim, é necessário ter uma retribuição pelas consultas, pois investimos nosso tempo e preparação para isso.
⚖️ É imprescindível lembrar o consulente que ele não deve temer o que aparecer na sua tiragem, já que as cartas são os instrumentos através dos quais ele irá corrigir e melhorar sua vida – assim como das pessoas próximas a ele. Devemos fazer com que ele entenda não há cartas “boas” e “más”, apenas cartas que expressam estados interiores. O conceito de bem e mal é apenas uma crença mental baseada em nossos próprios julgamentos pessoais da realidade. O que para uma pessoa pode ser algo bom, para outra pode não ser – e vice-versa.
⚖️ É importantíssimo enfatizar sempre que se pode mudar o futuro. Daremos sempre esperança ao consulente e o ajudaremos a ver o lado positivo de cada situação.
⚖️ Nas perguntas sobre relacionamentos afetivos, em vez de falar sobre traições, infidelidades ou colocar a culpa em outras pessoas, nos concentraremos em ver o que não funciona na relação e se isso tem solução.
⚖️ Não devemos diagnosticar doenças com o Tarot, pois isso fica a cargo exclusivo dos médicos. Se o consulente perguntar sobre saúde, nós o encaminharemos ao médico, caso o Tarot avise sobre algum problema. O consulente deve procurar um especialista para que este possa tratá-lo da forma mais rápida, seja com a medicina tradicional ou alternativa.
⚖️ Se o consulente pergunta por uma terceira pessoa, não devemos realizar a consulta sem a permissão da mesma. Podemos, sim, perguntar acerca da relação do consulente com ela e como suas ações o afetam, seja de forma direta ou indireta.
⚖️ Devemos ensinar ao consulente que nem sempre seus problemas resultam de magia negra, já que, na maioria das ocasiões, o que nos acontece é produzido por nós mesmos. Temos tendência a jogar a culpa aos outros por situações criadas por nós mesmos. Tarot e magia são conceitos distintos.
⚖️ Ficarão expressamente fora de nosso trabalho atos tais como: realizar trabalhos para separar um casal, para prejudicar alguém, para conseguir o amor de uma pessoa, para fazer com que a outra pessoa mude etc. Em todo caso, pediremos ajuda ao seu Ser Superior para que lhe dê luz e compreensão e lhe desperte o amor.
⚖️ Dignificaremos nosso trabalho em todos os âmbitos e nos esforçaremos para passar uma boa imagem. Sempre que seja necessário, defenderemos nosso trabalho, ensinando, com nosso exercício diário, nos âmbitos privado e público. Defenderemos nosso trabalho diante de afirmações injustas, difamações e ataques baseados em informações inúteis.
Adesão ao Código Ético
Quem pode acolher o código ético?
Posto que há formas diversas de entender o Tarot, incentivamos os profissionais do setor para que estabeleçam um compromisso ético com seus clientes, seja aderindo a este texto (caso identifiquem-se com o mesmo), seja elaborando seu próprio código ético ou “carta de serviços”.
Quem pode aderir a este Código Ético?
Qualquer profissional do Tarot que veja seus valores e formas de atuar reconhecidos no texto proposto. A adesão ao código supõe a aceitação da totalidade das partes que o compõe. No caso do profissional não estar de acordo com alguma delas, recomendamos a elaboração de um texto próprio, que abarque adequadamente seu espírito e forma de trabalhar.
Como aderir ao código ético?
⚖️ Leia atentamente o Código Ético do Tarot e suas recomendações, já que a adesão ao mesmo supõe o endosso a todos os pontos do mesmo.
⚖️ Inclua o logotipo nos espaços de acesso das consultas (vitrines, sala de espera e similares), indicando sempre as vias através das quais o usuário pode tomar conhecimento do conteúdo integral do mesmo(Blogspot).
⚖️ Opcionalmente, escreva para eticatarot@gmail.com informando seu nome, cidade, estado e site para que estes sejam incluídos na lista de profissionais que aderiram ao código em [www.eticatarot.wordpress.com [URL inválido removido].
O que pode fazer um cliente, caso considere que um profissional não cumpre o código ético?
Não há nenhum tipo de “organização” que se dedique a validar se um profissional cumpre ou não o código ético. Cabe aos clientes validarem isso. Em todo caso, o que é imprescindível é que o profissional que adote o código comunique de forma clara e expressa seus compromissos éticos, para que os clientes possam avaliar, uma vez realizado o serviço, se o profissional que os atendeu cumpre (ou não) o que se comprometeu a fazer. O código ético é, portanto, um compromisso de qualidade em relação aos clientes, mas não um sistema de certificação de qualidade.
Autoria e responsabilidade
Nenhum indivíduo ou organização se coloca como titular na criação da “Edição Brasil” do Código de Ética do Tarot.
Trata-se de uma iniciativa coletiva, de adesão voluntária, com referências eletrônicas que não se encontram mais ativas.
Mas mesmo assim é possível saber mais detalhes através dos links postados no início desse artigo.
Solicitações de alteração, exclusão ou acréscimo no presente texto deverão ser encaminhadas e levadas à discussão coletiva em espaço, físico ou virtual, eleito para tal e amplamente divulgado através dos canais disponíveis na internet sobre o assunto.
Logotipo de Adesão ao Código Ético
Infelizmente, as fontes originais para download dos logotipos do Código de Ética do Tarot não estão mais disponíveis. No entanto, em meu Blogspot, você pode encontrar o link para download do Código de Ética do Tarot em formato PDF, o que garante o acesso ao conteúdo completo. Para aqueles que ainda desejam utilizar o logotipo em impressos ou peças eletrônicas, sugiro que o código de ética seja respeitado e que a imagem do logotipo seja aplicada de acordo com as orientações de preservação das cores e proporções, incluindo um link para o site oficial do Código de Ética do Tarot – Edição Espanha