🌌 ASTROLOGIA CLÁSSICA, MODERNA E BABILÔNICA
Entre caminhos, pesquisas e escolhas
“O Céu é um livro aberto. A questão é aprender a decifrar a sua linguagem.”
Mesmo eu sendo mais voltado para a astrologia clássica horária, nunca deixo de compartilhar aqui em meu blog os resultados das minhas pesquisas. Cada investigação é uma viagem: um convite para compreender um pouco mais a astrologia dentro do seu contexto geral, seja histórico, simbólico ou técnico.
A astrologia, em suas diversas ramificações, é um vasto campo de conhecimento que atravessou séculos, impérios e culturas. Cada tradição — babilônica, clássica, moderna — é como um capítulo diferente desse grande livro do céu.
🎼 Duas músicas diferentes
Na prática, não é aconselhável misturar técnicas e conceitos. Cada escola astrológica tem suas próprias regras, símbolos e linguagem.
Misturar essas linguagens numa leitura seria como tentar ouvir duas músicas ao mesmo tempo: cada uma tem sua harmonia, mas juntas podem se tornar um ruído confuso.
É por isso que, ao realizar uma leitura horária, utilizo exclusivamente a astrologia clássica. Essa fidelidade é o que garante clareza e precisão.
Mas quando o assunto é pesquisa, aí sim me permito atravessar fronteiras. Estudar a astrologia moderna me mostra outros horizontes. Ela também funciona — mas, como costumo dizer, a “música” é diferente.
🌟 Raízes da adolescência
Meu primeiro contato, ainda adolescente, foi com a astrologia moderna.
Naquela época, eu acreditava que trabalhar apenas com os sete astros visíveis significava estar diante da chamada astrologia cabalística. Hoje sei que são áreas distintas, cada uma com seu corpo de conhecimento.
Essas confusões surgem da falta de informação. E é justamente aí que a pesquisa e o estudo ganham valor: ajudam a separar o que é tradição do que é invenção.
É por isso que aprecio tanto a diversidade do conhecimento. Mas sempre lembrando: ter contato com muitas coisas é uma coisa; ser especialista em uma área específica é outra completamente diferente.
⚖️ O clássico e o moderno
Na astrologia clássica, os sete planetas tradicionais (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) são a base de tudo. Cada um está associado não apenas a signos, mas também a metais, cores, animais, partes do corpo e regiões da Terra. É uma estrutura sólida, enraizada em séculos de tradição.
Já a astrologia moderna abre espaço para novos planetas — Urano, Netuno e Plutão — e desenvolve uma linguagem mais voltada ao coletivo, ao psicológico e ao simbólico.
São linguagens distintas, cada qual com sua música. Uma é a lira clássica afinada; a outra, o piano de cauda que ecoa novos timbres.
🌏 Mais além do Ocidente: outras tradições
Quando falamos em astrologia, não podemos nos limitar apenas às tradições ocidentais. O estudo do céu e seus reflexos na vida humana é universal, e outras culturas desenvolveram sistemas próprios, muitas vezes anteriores ou paralelos à astrologia clássica.
Na Índia, por exemplo, existem inúmeras formas de astrologia. A mais conhecida no Ocidente é a astrologia védica, também chamada de Jyotish. Mas essa não é a única forma de astrologia indiana, e talvez nem a mais antiga. Entre os sistemas tradicionais existem outros métodos e técnicas que se perderam ou se transformaram ao longo dos séculos.
Além disso, temos tradições igualmente ricas e fascinantes como a astrologia chinesa, baseada no ciclo de doze animais, nos elementos e no calendário lunar, cada uma com sua lógica própria. Também há a astrologia maia, altamente ligada a calendários sagrados e ciclos cósmicos, e as tradições astrológicas indígenas, que associam o céu aos ciclos da natureza, aos animais e aos fenômenos da Terra.
Compreender essas tradições amplia a nossa visão: percebemos que a astrologia é, antes de tudo, uma linguagem simbólica do universo, interpretada de formas diversas ao longo do tempo e do espaço.
🏺 A Babilônia, berço do céu escrito
Se formos buscar as origens da astrologia ocidental, chegaremos inevitavelmente à Babilônia. Ali nasceram os primeiros registros celestes, gravados em tábuas de argila, descrevendo os movimentos dos astros e suas relações com a vida terrena.
Dali, esse conhecimento viajou para os gregos e, de lá, floresceu até chegar às formas clássicas que usamos hoje.
Por isso, além das outras seções que mantenho aqui no Blog, irei dedicar uma página especial à Astrologia Babilônica. É como visitar as raízes de uma árvore milenar que continua dando frutos.
🧭 Entre horizontes e escolhas
O contraste entre a clássica e a moderna serve como uma metáfora para a vida. O conhecimento variado abre horizontes, mas é a especialização que nos dá profundidade.
Na era da informação em que vivemos, a diferença está no filtro: às vezes recebemos fragmentos soltos, mal estruturados; outras vezes, temos acesso a fontes organizadas e sólidas. O segredo está em buscar com discernimento e interpretar com consciência.
Por isso, escolhi a clássica como minha base e prática. Mas sigo pesquisando o moderno, o babilônico e as tradições orientais e indígenas, construindo pontes entre tempos e culturas.
🔮 Reflexão final
A astrologia não é apenas previsão: é memória, história e linguagem simbólica.
É o céu espelhando a vida humana.
O clássico me dá estrutura.
O moderno me mostra possibilidades.
O babilônico me conecta às origens.
As tradições indianas, chinesas, maia e indígenas ampliam horizontes.
E assim sigo: construindo leituras, mas também pontes — entre o passado e o presente, entre o homem e o cosmos.
